quarta-feira, 20 de abril de 2016

Você precisa ter sonhos

Você precisa ter sonhos,
para que possa se levantar
todas as vezes que cair.

Acreditar, que a toda hora,
acontecerá coisas boas e
mudará o rumo da sua vida.

Você precisa ter sonhos grandes e pequenos,
os pequenos, são as felicidades mais rápidas,
os grandes, lhe darão força para suportar
o fracasso dos sonhos pequenos.

Você tem que regar os teus sonhos todos os dias,
assim como se rega uma planta, para que cresça ...

Você precisa dizer sempre, a você mesmo:

- vou conseguir!
- vou superar!
- vou chegar no meu sonho!

Fazendo isso, você estará cultivando sua luz,
a luz de sempre ter esperanças,
que nunca poderá se apagar,
pois ela é a imagem
que você pode passar para as outras pessoas,
e é através dessa luz que todos vão lhe admirar,
acreditar em você e te seguir.

Mire na Lua,
pois se você não puder atingi-la,
com certeza irá conhecer grandes estrelas...
ou, poder ser uma delas.


(Vilma Galvão)

Paz a todos.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O maior obstáculo


Questionador: Qual é o maior obstáculo que se opõe a que tenhamos a experiência dessa realidade?

E.Tolle : A identificação com a sua mente, o que faz com que o pensamento se torne compulsivo. Não ser capaz de parar de pensar é uma aflição terrível, mas nós não o compreendemos porque praticamente toda a gente sofre do mesmo mal, pelo que se considera normal. Esse barulho mental incessante impede que você encontre o reino da quietude interior que é inseparável do Ser. Cria igualmente um falso eu, obra da mente, que lança uma sombra de medo e sofrimento. Mais adiante, veremos tudo isso em pormenor.
O filósofo Descartes acreditava que tinha encontrado a verdade mais fundamental ao fazer a sua famosa afirmação: "Penso, logo existo". Na verdade, estava a dar expressão ao erro mais básico: equiparar pensar a Ser e identidade a pensamento. O pensador compulsivo, o que significa praticamente toda a gente, vive num estado de aparente separação, num mundo insensatamente complexo de problemas e conflitos contínuos, um mundo que reflete a sempre crescente fragmentação da mente. A iluminação é um estado integral, de se estar "em uníssono" e por conseguinte em paz. Em uníssono com a vida no seu aspeto manifestado, o mundo, assim como com o seu Eu mais profundo e a vida não manifestada – em uníssono com o Ser. A iluminação não é apenas o fim do sofrimento e do permanente conflito interior e exterior, é também o fim da temível escravidão ao pensar incessante. Que incrível é esta libertação!
A identificação com a mente cria um filtro opaco de conceitos, rótulos, imagens, palavras, críticas e definições que bloqueiam qualquer relacionamento verdadeiro. Coloca-se entre si e o seu Eu, entre si e o seu semelhante, entre si e a Natureza, entre si e Deus. É este filtro de pensamento que cria a ilusão da separação, a ilusão de que existe você e um "outro" totalmente separado. Então você esquece-se do facto essencial de que, por baixo do nível das aparências físicas e das formas separadas, você é uno com tudo o que é. Quando digo que você se esquece, quero dizer que deixa de sentir essa unicidade como uma realidade evidente por si mesma. Poderá acreditar que talvez ela seja verdadeira, mas deixa de saber que ela é verdadeira. Uma crença poderá ser reconfortante. Contudo, é unicamente através da sua própria experiência que ela se torna libertadora.
Pensar tornou-se uma doença. A doença ocorre quando as coisas perdem o equilíbrio. Por exemplo, não há nada de errado na divisão e multiplicação das células do corpo, mas quando esse processo se perpetua à margem da totalidade do organismo, as células proliferam e surge uma doença.
Nota: A mente é um instrumento magnífico se for usada corretamente. Contudo, se for usada erradamente torna-se muito destrutiva. Falando com mais exatidão, não se trata tanto de você usar a mente erradamente – geralmente não a usa de maneira nenhuma. É ela que o usa a si. É a doença. Você acredita que é a sua mente. É a ilusão. O instrumento tomou conta de si

Questionador: "Não estou totalmente de acordo consigo. É certo que a minha mente deambula, por vezes, como acontece com a maioria das pessoas, mas ainda assim posso decidir usar a minha mente para obter e realizar coisas, e faço-o constantemente."

E.Tolle : Só porque você consegue resolver um problema de palavras cruzadas ou construir uma bomba atómica não quer dizer que esteja a usar a sua mente. Da mesma maneira que os cães gostam de roer ossos, também a mente gosta de se dedicar aos problemas. É por essa razão que ela resolve problemas de palavras cruzadas e constrói bombas atómicas. Você não se interessa por nenhuma dessas coisas. Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: pode libertar-se da sua mente sempre que o deseje? Já descobriu o botão que a "desliga"?

Questionador: Quer dizer, parar de pensar totalmente? No, não posso, salvo talvez por alguns breves instantes.


E.Tolle : Então a mente está a usá-lo a si. Inconscientemente identificado com ela, você nem sequer sabe que é escravo dela. É quase como se estivesse possuído sem o saber, e por isso julga que a entidade possessora é você próprio. O começo da libertação é a compreensão de que você não é a entidade possessora – o pensador. Saber isso permitir-lhe-á observar a entidade. No momento em que começar a observar o pensador, é ativado um nível mais elevado de consciência. Depois começará a compreender que existe um vasto reino de inteligência para além do pensamento, que o pensamento é meramente um pequeno aspeto dessa inteligência. Também compreenderá que todas as coisas que realmente contam – beleza, amor, criatividade, alegria, paz interior – têm origem para além da mente. Começará a despertar.

Eckhart Tolle O poder do agora p19/20

sexta-feira, 15 de abril de 2016

TER CULTURA


TER CULTURA***

Ter cultura não significa apenas cursar uma faculdade.
Ter cultura significa juntar todas as nossas experiências, vivências e olhar para o mundo de todos os ângulos. É lógico que ler muito faz parte destas vivências, porque através da leitura conseguimos viajar para qualquer lugar do mundo, conhecer várias culturas, conseguimos entender o que os poetas, escritores e artistas querem dizer. Ter cultura significa respeitar o próximo! Ter cultura é saber respeitar aquilo que você não tem sabedoria para julgar e acusar. Ter cultura é respeitar as leis de trânsito, é respeitar os idosos, é respeitar as crianças é entender que o mundo evolui e que as mulheres são tão importantes como os homens. Ter cultura é não subestimar ninguém. Ter cultura é você fazer a sua parte dentro do universo. Ter cultura é não julgar o ser humano pela altura, pela beleza ou condição social. Ter cultura é aprender refletir sobre seus erros e tentar consertá-los. Ter cultura é aprender pedir desculpas. Ter cultura é saber viver intensamente e com lógica.
Ter cultura é aprender a conhecer a si mesmo!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O caminho do meio

Aluno – O senhor poderia falar um pouco mais sobre o caminho do meio?

Monge Genshô – O caminho do meio, é o caminho budista. Isto é caracterizado por uma célebre história de Buda, uma metáfora. Você tem uma cítara, um instrumento musical. Se você aperta demais a corda, ela não toca, pode arrebentar. Se você aperta de menos, você não consegue som. Então deve afiná-la no tom justo e para afinar um instrumento no tom justo, existe um meio. Os instrumentos musicais são afinados com a nota “lá”. Quando uma orquestra vai tocar, o primeiro violino, o spalla, toca o “lá” para toda orquestra. Ela é afinada ali, naquele momento. Por que os instrumentos não vêm afinados lá de trás? Porque ali temos outra temperatura e os instrumentos com pequenas variações de temperatura mudam sua afinação. Então o spalla dá o “lá”, e todos afinam. E esta é uma nota média. A partir do caminho do meio nós podemos produzir música. Quando nós exageramos para qualquer lado, nós não conseguimos. 

Mas isto é muito típico na prática espiritual. Se você tentar ser um santo perfeito, não cometer nenhum erro, não ter nenhum pensamento errado, não dizer nenhuma palavra errada e punir-se cada vez que você comete um erro, você não fará mais que viver em culpas, tentando ser um santo. No Zen nós dizemos que não queremos santos. Nós queremos pessoas despertas e pessoas despertas riem dos seus erros. Eles não querem ser santos, sabem que cometem erros, sempre. Do outro lado, algumas pessoas imaginam: o budismo não tem pecado, não tem mandamentos, nem um Deus para nos castigar, não existe um inferno nos esperando nem um céu para nos premiar, então tudo é permitido e poderei fazer o que EU quero. 

Este é um grande erro, porque Buda disse: para evitar o sofrimento você precisa seguir tais caminhos, e ensinou o Caminho Óctuplo. E este caminho é composto de muitas regras morais e virtuosas. Regras para falar, para pensar, para agir, trabalhos para viver, o que é bom e o que não é. Buda não escapa do certo e errado no Caminho Óctuplo. Você não pode ficar com algo que não lhe é dado espontaneamente, ou seja, você não pode roubar. Se você roubar, isto será um caminho para grande sofrimento. Existe certo e errado, bem como regras. Então o Caminho do Meio é um caminho de moderação, nem o exagero do ascetismo, da tentativa de ser um santo, nem o caminho da licenciosidade, onde tudo é permitido e corremos atrás de prazeres. Isto é o Caminho do Meio.

● Monge Genshô ●

domingo, 10 de abril de 2016

Não há existências materiais ou imateriais


Não há existências materiais ou imateriais, assim dizem os Vedas para sempre. Existe apenas o Atma, destituído de todas as dimensões de unidade e de separação.

Tu não tens pai ou mãe, irmão ou esposa, amigo ou filho. Tu não és afetado pela parcialidade ou imparcialidade. Como, então, pode existir esta perturbação em tua mente?

Não há dia ou noite, tampouco amanhecer ou ocaso (O pôr do sol) em tua mente. Como podem homens sábios atribuir corpo ao incorpóreo?

Sabe que, o Atma imorredouro é destituído de todo ou de parte. Nele não há divisão ou união, nem pesar, nem alegria.

Não sou agente, nem desfrutador, tampouco existem quaisquer atos a me prenderem. Não sou corpo, nem incorpóreo; como pode a posse ser atribuída a quem tem nenhuma?

Não sou contaminado pelas paixões, etc. tampouco sofro aflições corporais. Conhece-me como o eu ilimitado como o espaço.

Amigo, o que ganhas falando tanto? Amigo, o que ganhas com tais contorções intelectuais? Já te disse o que é a essência verdadeira. Tu és o mais elevado Eu, ilimitado como o espaço.

Deixa que os Yogues morram com qualquer impressão mental e em qualquer lugar; eles se submergirão no Brahman como o espaço ocupado por um vaso se une com o espaço exterior.

Aquele que morre, quer em casa ou em local de peregrinação, tendo-se despido de todas as ligações pessoais, se toma o Eu mais elevado de todos, permeando tudo.

Os Yogues consideram toda a virtude, riqueza, ambição, as criaturas móveis de todas as ordens, até mesmo a salvação, como tão imaginárias quanto a miragem.

Avadhut Gita  
(A Canção do Asceta) 
Mahatma Dattatreya 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Uma lenda árabe da criação

Uma lenda árabe da criação

No seu “Livro do Fantasma”, Alejandro Dolina associa a história da areia à uma das lendas da criação do povo árabe. Diz ele que, assim que terminou de construir o mundo, um dos anjos advertiu o Todo-Poderoso que se esquecera de colocar areia na Terra; grave defeito, se considerarmos que os seres humanos estariam privados para sempre de caminhar junto aos mares, massageando seus pés cansados e sentindo o contacto com o chão. Além disso, o fundo dos rios seria sempre ríspido e pedregoso, os arquitetos não poderiam usar um material indispensável, as pegadas dos namorados seriam invisíveis; disposto a remediar seu esquecimento, Deus enviou o Arcanjo Gabriel com uma enorme bolsa, para que derramasse areia em todos os lugares que fosse necessário.
Gabriel fez as praias, o leito dos rios, e quando voltava para o céu trazendo o material que havia sobrado, o Inimigo - sempre atento, sempre disposto a estragar a obra do Todo-Poderoso - conseguiu fazer um furo na bolsa, que arrebentou, derramando todo o seu conteúdo. Isso aconteceu no lugar que é hoje a Arábia, e quase toda a região se transformou num imenso deserto.
Gabriel, desolado, foi pedir desculpas ao Senhor, por ter deixado que o Inimigo se aproximasse sem ser visto. E Deus, em Sua infinita sabedoria, resolveu recompensar o povo árabe pelo erro involuntário do seu mensageiro. 
Criou para eles um céu cheio de estrelas, como não existe em nenhum outro lugar do mundo, para que sempre olhassem para o alto. Criou o turbante, que - debaixo do sol do deserto - é muito mais valioso que uma coroa. Criou a tenda, permitindo que as pessoas se movessem de um lugar para o outro, sempre tendo novas paisagens ao redor, e sem as obrigações aborrecidas de manutenção de palácios. 
Ensinou o povo a forjar o melhor aço para a espada. Criou o camelo. Desenvolveu a melhor raça de cavalos. E lhe deu algo mais precioso que estas e todas as outras coisas juntas: a palavra, o verdadeiro ouro dos árabes. Enquanto os outros povos modelavam os metais e as pedras, os povos da Arábia aprendiam a modelar o verbo.


Paulo-Coelho-Guerreiros-da-Luz-Vol_2

O mistério da vida

 O mistério da vida não é um problema a resolver, mas uma realidade a experimentar, um processo que não pode ser entendido parando-o, devemo...