terça-feira, 25 de outubro de 2016

Bênção Celta

Bênção celta

"No dia em que o peso apoderar-se dos teus ombros e tropeçares, que a argila dance, para equilibrar-te!
E, quando os teus olhos congelarem por trás da janela cinzenta,
e o fantasma da perda chegar a ti...
Que um bando de cores, índigo, vermelho, verde
e azul celeste, venha despertar em ti, uma brisa de alegria.

Quando a vela se apagar no barquinho do pensamento,
e uma sensação de escuro estiver sobre ti,
Que surja para ti, uma trilha de luar amarelo,
para levar-te a salvo pra casa.

Que o alimento da terra seja teu!
Que a claridade da luz te ilumine!
Que a fluidez do oceano te inunde!
Que a proteção dos antepassados esteja contigo!

E assim...
Que um vento teça estas palavras de amor à tua volta,
num invisível manto, para zelar pela tua vida, onde estiveres.

Que assim seja!!
E assim se faça".


sábado, 22 de outubro de 2016

Cultivating Inner Peace

Cultivating Inner Peace — Anywhere, Anytime, Now By Suza Scalora


“Whenever you deeply accept this moment as it is — no matter what form it takes — you are still, you are at peace.” – Eckhart Tolle
In a recent interview with Eckhart Tolle, we spoke about how to purposefully bring moments of presence into everyday activities to cultivate inner peace. This builds what Eckhart calls ‘presence power.’ Eckhart often uses words such as, presence, stillness and awareness to illuminate who we are at the deepest level of our being, far beyond the realm of thought.
In Stillness Speaks, Eckhart writes, “When you lose touch with inner stillness, you lose touch with yourself. When you lose touch with yourself, you lose yourself in the world.” When we lose touch with stillness, we lose touch with our inner peace. However, when we create a gap in our usual stream of thinking, spaciousness arises. This allows us to connect to a deeper dimension within ourselves where we experience an inner peace that is vibrant and alive.
Our habitual thoughts have a powerful momentum and this makes it easy to tumble down a rabbit hole of negative thinking. Eckhart explains, “Most people spend their entire life imprisoned within the confines of their own thoughts. They never go beyond a narrow, mind-made, personalized sense of self that is conditioned by the past.” We are accustomed to our thoughts and we believe them to be true, and yet these thoughts are often what keep us from experiencing inner peace.
Eckhart says, “A good question to ask is: what kinds of thoughts go through your mind all day long? If a large percentage of those thoughts are negative you will manifest negative situations. You will react to people and things in a negative way and make situations worse. Once you become aware that you have certain thoughts in your head, you can observe these thoughts. Now there are two dimensions: you have the thoughts and you have the awareness. The person who is totally in the grip of ego is so identified with the thoughts that there is no awareness whatsoever. That is the state that generates conflict, violence and all the enormous amounts of suffering human beings inflict on themselves and others. The key is the growth of awareness in you; the realization that there is a dimension in you that is deeper, or higher, than thinking.”
Eckhart teaches us that an increase in awareness is vital for awakening. “To become aware of one’s own mind and emotions means there is something in you that can begin to grow. We could call that awareness. Awareness is deeper than thinking. Sometimes, I call it presence.”
We can intentionally build presence power by inserting gaps or pauses into our day. By doing this, we interrupt our continuous stream of thoughts and connect to the deeper dimension within ourselves where we experience inner peace. If we practice this on a regular basis, we’ll be better equipped to deal with life’s inevitable challenges as they arise.
Eckhart shares the following as suggestions to help us cultivate presence power.
Window Meditation: “Behind your thoughts there is a stillness. For example, I recommend looking out of the window several times during the day. For a moment, look out and just take in what is there. Perhaps, there is a vast expanse of sky or a tree. Give it attention for a moment. There is a shift that occurs inside of you. That is stillness.”
Sky Meditation: “Look at the sky for a moment — giving it your full attention. It takes you away from mundane things, all the little stuff that you have to deal with continuously, and then you have a moment of stillness, of presence, of awareness.”
Simple Activity: Eckhart suggests choosing a routine activity and bringing consciousness into the ‘doing.’ “Step out of your thoughts and just be conscious of your sense perceptions, so that the dimension of awareness grows in you.” An example could be a daily chore such as doing laundry or making the bed. Instead of rushing through the activity to get to the next item on your to-do list, take a conscious breath and feel the texture of the fabric on your hands.
The Gap: “Pay attention to the gap — the gap between two thoughts, the brief, silent space between words in a conversation, the notes of a piano or flute, or the in-breath and out-breath. When you pay attention to those gaps, awareness of “something” becomes just awareness. The formless dimension of pure consciousness arises from within you and replaces identification with form.”
Gradually, as we increase the moments of stillness in our lives, we begin to experience presence power. This helps to free us from the voice in the head; the continuous stream of thinking that prevents us from experiencing inner peace in the present moment.

Eckhart explains, “Make sure that you can use your thinking mind, but that you are not used by it. When you recognize the unconsciousness in you, that which makes the recognition possible is the arising consciousness, is awakening. You cannot fight against the ego and win, just as you cannot fight against darkness. The light of consciousness is all that is necessary. You are that light.”

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Os 14 preceitos do budismo engajado

Os 14 preceitos do budismo engajado (Mestre Zen, vietnamita, Thich Nhat Hahn)



1. Não seja idólatra por causa de nenhuma doutrina, teoria ou ideologia, mesmo as budistas. Os sistemas budistas de pensamento são meios de orientação; eles não são a verdade absoluta.

2. Não pense que o conhecimento que você possui no presente é imutável, ou que ele é a verdade absoluta. Evite ser fechado e estar preso a opiniões presentes. Aprenda a praticar o desligamento de pontos de vista a fim de estar aberto a receber os pontos de vista de outros. A verdade é encontrada na vida e não simplesmente no conhecimento de conceitos.

3. Não force os outros, incluindo crianças, por nenhum meio, a adotar seus pontos de vista, seja por meio de autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda, ou mesmo educação. Entretanto, através do diálogo compassivo, ajude os outros a renunciarem o fanatismo e a estreiteza de ideias.

4. Não evite o sofrimento, não feche seus olhos ao sofrimento. Não perca a consciência da existência do sofrimento na vida do mundo. Encontre maneiras de estar com aqueles que estão sofrendo, incluindo contacto pessoal, visitas, imagens e sons. Por tais meios, lembre a si mesmo e aos outros à realidade do sofrimento no mundo.

5. Não acumule riqueza enquanto milhões passam fome. Não faça o objetivo da sua vida adquirir fama, lucro, riqueza, ou prazer sensual. Viva simplesmente e compartilhe seu tempo, energia e recursos materiais com aqueles que estão passando necessidades.

6. Não mantenha a raiva ou o ódio. Aprenda a penetrá-los e transformá-los enquanto eles ainda só existem como sementes na sua consciência.

7. Não se perca nas distrações à sua volta, mas continue sempre em contacto com tudo que é maravilhoso, refrescante e curativo dentro de você e ao seu redor. Plante sementes de alegria, paz e entendimento em si mesmo, a fim de facilitar o trabalho de transformação nas profundezas da sua consciência.

8. Não pronuncie palavras que podem criar discórdia e causar a quebra da comunidade. Faça todos os esforços para reconciliar as pessoas e resolver todos os conflitos, nem que sejam pequenos.

9. Não diga coisas falsas nem por interesse pessoal, nem para impressionar as pessoas. Não diga palavras que causam divisão e ódio. Não espalhe notícias que você não sabe se são verdadeiras. Não critique ou condene coisas das quais você não tem certeza. Sempre fale a verdade, de maneira construtiva. Tenha a coragem de levantar sua voz quando vir uma situação injusta, mesmo quando ao fazer isto você coloca sua segurança em perigo.

10. Não use a comunidade budista para ganho ou lucro pessoal, e não transforme sua comunidade em um partido político. Uma comunidade religiosa, no entanto, deve tomar uma atitude clara contra a opressão e injustiça, e deve tentar mudar a situação sem se envolver em política partidária.

11. Não viva com uma vocação que é nociva aos seres humanos e à natureza. Não invista em companhias que privam outras pessoas da sua chance de viver. Selecione uma vocação que o ajude a realizar seu ideal de compaixão.

12. Não mate. Não deixe que outras pessoas matem. Encontre todos os meios possíveis de proteger a vida e impedir a guerra.

13. Não possua nada que deveria pertencer a outras pessoas. Respeite a propriedade dos outros, mas impeça os outros de lucrarem do sofrimento humano ou do sofrimento de outras espécies na Terra.

14. Não maltrate seu corpo. Aprenda a cuidar dele com respeito. Para preservar a felicidade dos outros, respeite os direitos e os compromissos dos outros.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Descobrindo o verdadeiro medo

Descobrindo o verdadeiro medo

Um sultão decidiu fazer uma viagem de navio com alguns de seus melhores cortesões.
Embarcaram no porto de Dubai, e seguiram em direção ao mar aberto.
Entretanto, assim que o navio se afastou da terra, um dos súditos - que jamais tinha visto o mar, e passara grande parte de sua vida nas montanhas
- começou a ter um ataque de pânico. Sentado no porão do navio ele chorava, gritava, e recusava-se a comer ou dormir. Todos procuravam acalma-lo, dizendo que a viagem não era tão perigosa assim mas embora as palavras dos outros chegassem aos seus ouvidos, não atingiam o seu coração. O sultão não sabia o que fazer, e a linda viagem por mares calmos e céu azul tornou-se um tormento para os passageiros e a tripulação. Dois dias se passaram sem que ninguém pudesse dormir com os gritos do homem. O sultão já estava prestes a mandar o barco de volta ao porto, quando um de seus ministros, conhecido por ser um homem sábio, aproximou-se:
- Sua Alteza, com sua permissão, eu conseguirei acalma-lo.
Sem hesitar um momento, o sultão disse que não apenas permitia, mas que o ministro seria recompensado se conseguisse resolver o problema.
O sábio então pediu que o homem fosse atirado ao mar. Na mesma hora, contentes porque aquele pesadelo estava prestes a terminar, um grupo de tripulantes agarrou o homem que se debatia no porão, e o atiraram no oceano.
O cortesão começou a se debater, afundou, engoliu água salgada, voltou a superfície, gritou mais forte ainda, afundou de novo, e de novo conseguiu voltar a tona. Neste momento, o ministro pediu para que o alçassem de novo até o barco. A partir daquele momento, ninguém ouviu mais qualquer reclamação do homem, que passou o resto da viagem em silêncio, chegando mesmo a comentar com um dos passageiros que nunca tinha visto nada tão belo como o céu e o mar que se juntavam no horizonte. A viagem - que antes era um tormento para todos que se encontravam no barco - transformou-se de novo em uma experiência de harmonia e tranquilidade.
Pouco antes de retornarem ao porto, o Sultão foi procurar o ministro:
- Como é que você podia adivinhar que, jogando aquele pobre homem no mar, ele ia ficar mais calmo?
- Por causa do meu casamento - respondeu o ministro. - Eu vivia apavorado com a ideia de perder a minha mulher, e meu ciúme era tão grande, que eu não parava de chorar e gritar como este homem.
“Um dia ela não aguentou mais, foi embora - e eu pude experimentar o terrível que seria a vida sem ela. Só voltou depois que eu prometi que jamais tornaria a atormenta-la com meus medos.
“Da mesma maneira, este homem jamais havia provado água salgada, e jamais tinha se dado conta da agonia de um homem prestes a afogar-se. Depois que conheceu isso, entendeu perfeitamente que maravilha é sentir as tábuas de um navio debaixo de seus pés.
- Sábia atitude - comentou o sultão.
- Está escrito em um livro sagrado dos cristãos, a Bíblia: “tudo aquilo que eu mais temia, terminou me acontecendo.”
“Certas pessoas só conseguem valorizar o que tem, quando experimentam a sensação da perda.”

Paulo-Coelho-Guerreiros-da-Luz-Vol_3

O mistério da vida

 O mistério da vida não é um problema a resolver, mas uma realidade a experimentar, um processo que não pode ser entendido parando-o, devemo...